Aos 9 anos, em março de 1977, Rosana Garcia começava a encarnar a personagem pela qual ainda é lembrada três décadas depois. “Ainda hoje as pessoas vêm falar comigo. Estou com 44 anos, mas serei Narizinho sempre”, diz ela, referindo-se à personagem do Sítio do Picapau Amarelo. “Era um trabalho muito gostoso. Eu brincava como se estivesse mesmo num sítio”, conta Rosana, que, nas gravações e nos intervalos, aproveitava para subir em árvores e brincar com os bichos usados em cena. Na época, ela passava praticamente o dia inteiro vivendo as aventuras imaginadas por Monteiro Lobato: ia à escola pela manhã e depois gravava até a noite. Isso contribuiu para criar um clima de família entre o elenco. “Ficávamos mais lá do que em casa. Se essa aproximação já acontece em uma novela, que dura oito meses, imagine em um programa que durou anos”, diz. Por volta dos 12 anos, Rosana precisou deixar o Sítio, pois ela e o ator Júlio César, que fazia o Pedrinho, já estavam crescidos demais para interpretarem os netinhos de Dona Benta. Passou o bastão para Daniele Cristina Rodrigues e conta que, no início, sentiu ciúme da substituta. “Era difícil ver outra menina chamando a Zilka Salaberry de vó e ouvi-la responder ‘Minha netinha’”, conta, referindo-se à atriz que imortalizou a personagem Dona Benta.
Reportagem da revista Isto é Gente
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